Linhas soltas, asas rasgadas

Freedom is just chaos with better lighting.

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, SP, Brazil

segunda-feira, julho 30, 2007

Perils of Love

quarta-feira, julho 25, 2007

Sleeping with ghosts

sexta-feira, julho 20, 2007

Tempo Tempo

Por César Vallejo

Tiempo Tiempo

Mediodía estancado entre relentes.
Bomba aburrida del cuartel achica
tiempo tiempo tiempo tiempo.

Era Era.

Gallos cancionan escarbando en vano.
Boca del claro día que conjuga
era era era era.

Mañana Mañana.

El reposo caliente aún de ser.
Piensa el presente guárdame para
mañana mañana mañana mañana.

Nombre Nombre.

¿Qué se llama cuanto heriza nos?
Se llama Lomismo que padece
nombre nombre nombre nombre.

quarta-feira, julho 18, 2007

Bonne chance

segunda-feira, julho 16, 2007

Sem sol

Here comes the sun, and I say: It's all right... Certo, o sol parece que não vai aparecer hoje, ou pelo menos não muito em breve, mas tudo bem. Como assim, tudo bem? Segunda-feira chuvosa, e misteriosamente tudo bem.
Munida de meu querido guarda-chuva transparente (verdadeiramente ótimo para você se divertir vendo os pingos caírem e sentir um certo alívio porque não estão caindo em você - pelo menos não muito...) saí da segurança do meu apt.
O porteiro do prédio onde estou morando agora é um cara totalmente paranóico. Desde a minha mudança ele me olha torto porque estou com um botijão de gás clandestino em casa (segundo a política do condomínio, não pode e pronto. Mas enfim... ainda estou me organizando, poxa!) Como se eu fosse uma terrorista querendo explodir o prédio ou alguma coisa assim. Esses dias ele quis ser simpático e me chamou de Érica... Vai entender.
Pois bem, o maluco do porteiro abriu o portão para eu sair. Sabe aqueles portões tão estreitinhos que não dá para passar com o guarda-chuva aberto e vc se molha toda tentando fazer malabarismos inúteis? Felizmente o meu não é um desses.
Saí para o dilúvio. Agora, a dinâmica dos sapatos molhados segue uma lógica muito tenebrosa, que é a seguinte: não importa o tipo de calçado que você está usando, com certeza vai entrar muita água nele. Muita mesmo. Então, quando você estiver no seu trabalho quente e aconchegante, o sapato vai demorar horas para secar. Por fim, quando o dito cujo estiver quase seco, já vai ser hora do almoço e você precisará sair na chuva outra vez.
Mas tudo bem. Um cara no ônibus cedeu seu lugar pra mim hoje cedo, coisa que raramente (pra não dizer impossivelmente) acontece. Claro que se eu fosse vesga e corcunda, com uma verruga no nariz, duvido que teria as mesmas chances. Mas também não vamos diminuir o ato de cavalheirismo do sujeito, coitado.
E pra terminar, uma frase sábia, que cai muito bem para qualquer início de semana:
The worst is not
So long as we can say, "This is the worst."
(William Shakespeare)

Que quer dizer algo como:
O pior não chegou
Enquanto se pode dizer: "Isso é o pior que pode acontecer".

sábado, julho 14, 2007

E mais um

Este é o último poema em inglês a ser publicado neste blog... pelo menos por enquanto. Até porque minha produção em qualquer língua que não a minha nunca foi das mais férteis anyway.
Última aula do Workshop de Criação Poética e uma festa/leitura logo mais à noite, no B Bar. Cheers!

Two avenues

Her town had only two avenues
crossing each other, with a church
in the middle, and different tones
for the same sunset. It had stars.

She didn’t think it was enough,
and she wanted to leave.

The new town had many bus drivers
that looked like her father, movie theaters
playing classics, and a pair of green
eyes that could light up a fire.

It still wasn’t enough,
and she thought of leaving.

The man beat her in chess, he smiled whenever
he was sad, he made her laugh,
and feel alive – her life going after
the freshest bet for a lucky future.

It could’ve been enough,
and she questioned leaving.

But then, he left her first. Thirsty,
shattered, she allowed the tears
to run, and went back to hometown –
her heart packed inside a suitcase.

Now, it wasn’t nearly enough,
and it was all that she had left.

sexta-feira, julho 13, 2007

Outro poema








Este não é meu, e por isso mesmo, genial :-)
A tradução segue logo abaixo.

One Art
(Elizabeth Bishop)

The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.


Uma arte
(Tradução de Paulo Henriques Britto)

A arte de perder não é nenhum mistério;
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
a arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
a arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

- Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.

quarta-feira, julho 11, 2007

Sad poem

I never wished to look like a stone

The sidewalks in black and white
A shadow draws your kiss in my hand
I see no need to report clouds that pass me by
The lack of news now consumes everyone
Hold my heart with both your hands
Love
I don’t deserve this

You keep thinking I’m to blame
Guilty are the sunflower seeds
They might not mind anymore
If flowers covered by smiles
Hold something like a feverish glory

My eyes are unprotected
And your light burns
While I take off an impermeable coat
In an attempt to collect the rain
These drops are nothing more than tears

I sit and watch the stillness of time
I never wished to look like a stone
When the sky stopped breathing

But I did
When dead leaves fluttered away
On the streets
In the morning

(Poema escrito para o Workshop de Criação Poética com o poeta americano Edward Hirsch, na AIC)

terça-feira, julho 03, 2007

Um poema

Se te pareço ausente, não creias:
Hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços,
Hora a hora o meu desejo revolve estes escombros
E escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites neste breve sono;
Não dês valor maior ao meu silêncio;
E se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
Teus lábios em meus lábios para ouvir.

Nem acredites se pensas que te falo:
Palavras
São o meu jeito mais secreto de calar.
(Lya Luft)

segunda-feira, julho 02, 2007

Lembrete

Eu e uma lista hipotética de prioridades:

1. Colocar óculos escuros para proteger do sol.
2. Dar uma volta na quadra com o cachorrinho.
3. Comprar pasta de dente e detergente.
4. Ligar para ex-colega da faculdade.
5. Comer biscoito de água e sal.
6. Tomar remédio pra dor de cabeça.
7. Vencer o computador no xadrez.
8. Arrumar o cabelo no espelho.
9. Marcar consulta no dentista.
10. Traduzir duzentos e-mails.
10000. Lembrar que eu existo.


adopt your own virtual pet!
Clicky Web Analytics