Linhas soltas, asas rasgadas

Freedom is just chaos with better lighting.

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sexta-feira, fevereiro 15, 2008

"Reparação"

(ou "A arte de fazer sentir")

Há tempos eu vinha querendo comentar sobre algum filme. Só neste ano, já tive vontade de falar sobre um musical à la Beatles, uma sequência independente que mereceu ser revista, uma surpresa impressionante dos irmãos Cohen. Mas nem sempre as vontades se concretizam, e me contentei em guardar essas reflexões na gaveta.
Então aparece um que me faz sentar pra escrever. Que fator mágico disparou o desejo? Admiração. É muito difícil fazer com que alguém se importe com uma outra pessoa, qualquer que seja, hoje em dia, neste mundo. Que dirá com um personagem. E não apenas se importe, mas ame com ele, sofra com ele.
A busca de todo artista é uma forma de comunicação com o público, a identificação minha ou sua com um olhar faminto que transcende a tela, o papel, as notas musicais. Um gesto verdadeiramente espontâneo, que se torne um pouco parte de qualquer pessoa. Quem nunca sentiu impotência dentro de uma realidade longe dos sonhos, em que nada pode ser feito, querendo tanto que fosse de outro modo?
O enquadramento é uma tela em branco, o verso de um poema, um palco disfarçado. Pode ser muitas coisas. Nem sempre um diretor consegue usar esses recursos a seu favor, preencher o espaço com mais do que um punhado de cabeças falantes. Mesmo com um texto genial em mãos, ou um best-seller (let's say, Ian McEwan), as imagens serão eternamente um desafio de sensibilidade. E se o resultado é deslumbrante, se arranca algumas lágrimas, kudos to Mr. Joe Wright.
Right. Confesso que tenho vergonha de chorar no cinema, não sou de demonstrar meus sentimentos na frente de estranhos. Tenho muitas vergonhas, muitas desnecessárias. Menos de admitir que, quando as luzes se apagam e a vida em questão não é mais a minha (ou a sua), é bom suspender a descrença e se permitir (de vez em quando) o ato de sentir.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Dia seguinte

Com um pouco de bom humor, que não faz mal a ninguém...


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