Linhas soltas, asas rasgadas

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sexta-feira, julho 28, 2006

Poema triste com final feliz

A calçada em preto e branco
Sombra recorta um beijo na mão
Não quero ter que responder às novidades
A falta de notícias me consome
Andam dizendo que é tudo culpa
Das doces sementes de girassol
Cá entre nós, não prestei atenção
O mundo conspira secretamente
Por uma espécie de glória febril
Muitos olhos desprotegidos
Capa de chuva impermeável
Eu e a fina placidez do tempo
Nunca desejei ser como as pedras
Nem mesmo vi quando o céu parou
Folhas mortas voam sem paz
Na rua, pela manhã

terça-feira, julho 11, 2006

Inconsciência

Sob o ângulo cor de rosa
De uma febre vespertina
Ela levanta o queixo e aguarda
Seus dedos muito mal disfarçam
Essa cadente falta de tato
Das estrelas em seus olhos
Se as roupas do varal e as pedras
Secassem sem sol ou aspereza
E nós, passageiros de trem
Andássemos cambaleantes
Rumo ao nosso lugar algum
Seria brincar de metamorfose
Timidez em volúpia escondida
De uma cópia do que fora
Pinceladas de Miró
Punhado de traços escassos
Que seus sonhos reformulam
Ela tem tanto de mim que sou eu
E eu só quero o que não tenho


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