Linhas soltas, asas rasgadas

Freedom is just chaos with better lighting.

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segunda-feira, setembro 25, 2006

TPM



(ou 10 motivos para não cometer nenhum crime hediondo durante seus dias de inferno)

1. Vai passar. Isso é o que dizem os homens, que não têm de passar por isso. Obviamente, eles não sabem do que estão falando, mas a ilusão é o que há.

2. Seu grande drama não é mais do que uma porção de hormônios enlouquecidos. See the big picture: isso só tende a piorar com o tempo. Espere até chegar a menopausa, garota...

3. Um belo dia você vai olhar pra trás e perceber que a vida era algo além de querer estrangular todas as pessoas que se aproximassem de você. Mesmo que seja distante, sempre é bom imaginar um futuro feliz.

4. Você não é tão gorda quanto pensa que está, nem sua pele e cabelos permanecerão medonhos assim eternamente. Pelo menos, espera-se que não :-)

5. Existem homens compreensivos e carinhosos no mundo. Naturalmente ninguém sabe onde os raros espécimes se escondem, mas quando você estiver se sentindo melhor e não precisar mais deles é bem possível que se manifestem.

6. Diz a lenda que as alminhas suicidas não vão para o céu. É bem provável que haja algum tipo de atenuante para mulheres na sua situação, porém não vale a pena correr o risco, certo?

7. E lembre-se: uma tentativa de homicídio não ajudará em nada sua carreira em ascensão. Não queremos que você deixe de ganhar o Pulitzer por causa de uma semaninha difícil, não é mesmo?

8. Felizmente, há sempre a companhia de um Brian Molko ou algo assim... Quem se importa se o cara é gay (ou bi, que seja) se pelo menos ele entende seus problemas?

9. Nunca se esqueça de que o chocolate é seu inimigo número um. Seu inimigo número zero é a vontade de comer chocolate na ingenuidade de que isso tornará seu dia melhor. Cai na real... e não vá cair em tentação!

10. Por fim, seja forte: você não está sozinha. Metade da população do mundo passa por isso todo mês e até hoje a maioria sobreviveu.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Prosa - O Retorno

Andei brincando por aí que não havia mais espaço pra nada além de versos neste ilustre blog. Não era só brincadeira. Ok, talvez em parte... Poesia é uma forma diferente de pensar as coisas, só isso.
Minha mãe acha que não tenho mais saída. Ela não fala assim abertamente, mas dá pra sentir. Já dizia meu pai que cada panela tem sua tampa. Mas sejamos francos, metáforas culinárias já não se encaixam mais no meu perfil. Estou prestes a desistir de me ajudar, na comodidade do let it go, je suis fatiguée.
Os aparelhos eletrônicos resolvem parar de funcionar com a mesma facilidade com que eu tomo a decisão de, sei lá, mudar de ares. Não tenho garantia de 90 dias. Já expirou a minha. Eu preciso é aprender a beber com um porre homérico... Não creio que funcionaria, mas estou convicta de que vale a tentativa. Quando?
Na verdade, com quem tem sido o problema maior. Uma certa frustração generalizada, atirando seus dardos por todos os lados. Pois é, senhora poética, só não me coloque o carinha da tua comédia romântica lendo poesias pra amada... A título de esclarecimento, era pra ser uma história inspirada em fatos reais. Já viu no mundo real um homem que lê poesia pra gente? Eu nunca. Não nesta vida.
Um só fala sobre cinema. Outro respira, come, bebe e não me admiraria se ouvisse que se reproduz em cinema. E o outro não quer nem saber. Eu sinceramente não sei o que é pior. Afinal de contas, quem é que vai ver meus filmes, se nem os mais íntimos (seriam mesmo?) toleram o humilde trabalho? Quem sabe, os críticos. Eles adoram esse tipo de coisa, sick bastards.
Obviamente eu também sei o que isso significa. Oscar, aqui vamos nós. Quero dizer, a estatueta, não o coitado que batizaram com esse nome de tio propenso à depressão. Não, naturalmente isso não é sério... Quem precisa dos americanos? Todos sabemos que uma Palme d'Or já estaria de bom tamanho. Por enquanto.
Megalomanias e domínio do mundo deixados à parte por alguns momentos, a poluição de São Paulo já entrou pela minha garganta. E esses carros que não param, Deus meu! Alguém puxe o freio, por favor. A pessoa hoje em dia precisa somente de um pouco de silêncio, mas silêncio sepulcral, a ser quebrado exclusivamente quando o telefone toca por razões outras que não pessoas chatas pedindo coisas. Como as pessoas sabem ser inconvenientes nos dias de hoje, minha nossa! O ser humano é capaz das piores atrocidades, acreditem. Porém, nada se compara às máquinas.
O fato de que um aparelhinho tão pequeno não é capaz de fornecer um mínimo de paz e felicidade ao indivíduo que o possui é verdadeiramente abominável. Tortura e guilhotina à Motorola. O mesmo a todos os demais envolvidos nessa conspiração contra as pobres alminhas solitárias.
Minha mãe estava certa. E no entanto, há sempre saída: para que afinal servem as palavras?

domingo, setembro 03, 2006

Ontem

Vencida, por tempo determinado
O telefone que não funciona
A demora dos correios
Meu tédio aos sábados
Superficialidade do momento
Um refúgio nas cores leves
Na melhor das hipóteses
Tudo é transitório


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