Linhas soltas, asas rasgadas

Freedom is just chaos with better lighting.

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quinta-feira, abril 26, 2007

Vasto mapa...

Por quê? Porque deu vontade, oras!
Por que tudo no mundo precisa ter um porquê?

quarta-feira, abril 25, 2007

Curta-metragem

Filminho "Aléias", by Katita (edição e roteiro) e super Jannah - agora em versão 2 em 1 (direção e foto), ficou em terceiro lugar em um concurso da Editora Abril!!! É nóis na fita (sic!)
http://cursoabril.abril.com.br/servico/noticia/materia_224957.shtml
Faltou uma comemoração mais apropriada, mas vamos esperar o petit enfant da Janita nascer! Filmes, filmes... vontade de fazer mais.
Por hoje é só, but stay tuned.

terça-feira, abril 24, 2007

Madrugando

O despertador da vizinha me acorda... 5h da matina, puta que pariu! Tento não pensar que as próximas duas horas de sono são as últimas malditas que me restam. Reconsiderando... Passado: eram as últimas que me restavam. Agora já não há Cristo me faça cair de volta no maravilhoso mundo dos sonhos.
Eu não era assim. Tempos atrás, sensibilidade zero para ruídos e luzes. Mísero ano depois de me mudar pra essa droga de apt grudado no minhocão, durmo mal e não tolero mais nada. Não dá pra ser feliz, vejam bem. E ainda a falta de noção alheia... nem Deus ajuda.
Puxo o cobertor para cobrir a cabeça e a tática parece amenizar o pior do barulho. Vem o calor, ar abafado embaixo da coberta. Abro e respiro. Os carros, é como se passassem por cima de mim. Zunindo na orelha, pernilongos nervosos. Até quando esse tormento? Rezo um Pai Nosso pra ver se passa. Passa um caminhão buzinando.
Nunca sofri de insônia e me compadeço sinceramente pelo sofrimento dos insones. É foda, o não-descanso. Será esse meu castigo pelo pecado de ter dormido bem a vida inteira?
Tomo a sábia decisão de levantar da cama e ir limpar a casa. Pelo menos ocupar os braços com tarefa útil, já que a cabeça não colabora em querer descansar. Logo, um barulho parecido com o despertador. Mas ufa, é só o telefone. Um bom dia e um beijo.
Saindo de casa, reparo no céu azul depois de uma porção de dias nublados. As pessoas sorriem na rua, porque o sol brilha. E a gente vai passando por cima do mau humor matinal, senão não há santo que aguente. E estamos longe demais do céu, por enquanto.

terça-feira, abril 10, 2007

Sem pensar

Por Woody Allen

"A realidade é chata, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife".

"É agradável, de tempos em tempos, tentar imaginar o que teria sido a existência se Deus tivesse conseguido um orçamento e roteirista melhores".

"E se tudo for uma ilusão e nada existir? Nesse caso, não há dúvida de que paguei demais por aquele carpete novo".

"Em Viena, em 1906, por cinco dólares você podia ser analisado pelo próprio Freud. Por dez dólares, Freud deixaria que você o analisasse. E, por quinze dólares, ele não apenas não o analisaria como passaria suas calças a ferro".

"Eu e minha mulher ficamos na dúvida entre tirar férias ou nos divociarmos. Optamos pela segunda hipótese. Duas semanas no Caribe podem ser divertidas, mas um divórcio dura para sempre".

"Faço análise há trinta anos e a única frase inteligente que já ouvi do meu analista é a de que preciso de tratamento".

"Finalmente tive um orgasmo. Mas o médico me disse que era do tipo errado".

"Fiz um curso de leitura dinâmica e li "Guerra e Paz" em vinte minutos. Tem a ver com a Rússia".

"Mais do que em qualquer outra época, estamos numa encruzilhada. Um dos caminhos leva à catástrofe e ao mais terrível desespero. O outro leva à extinção total. Vamos rezar para que façamos a escolha certa".

"Meu pai trabalhou na mesma empresa durante doze anos. Eles o demitiram e o substituíram por uma maquininha deste tamanho, que faz tudo o que o meu pai fazia, só que muito melhor. O deprimente é que minha mãe também comprou uma igual".

"Minha primeira mulher era muito infantil quando nos casamos. Um dia, eu estava tomando banho na banheira e ela afundou todos os meus barquinhos sem o menor motivo".

"O mundo se divide em pessoas boas e pessoas más. As pessoas boas têm um sono tranqüilo. As pessoas más se divertem muito mais".

"A única coisa que lamento na vida é que não sou outra pessoa qualquer".

"Não posso escutar muito Wagner. Fico com vontade de invadir a Polônia".

"Sexo é a coisa mais divertida que eu já fiz sem rir."

quinta-feira, abril 05, 2007

Três dias

Os olhos se abriram para um mundo seco. Não queria participar desse mundo, nem queria ser mais uma estéril de sonhos. Porque o real era puro um ponto de interrogação. Um corpo dormindo profundamente na quentura dos lençóis. E a manhã, amarga demais para não chover.
Levantou e vestiu-se, com descuido. Lentidão. Quando se acaba de acordar, nunca se acorda de verdade. Mãos de uma sonâmbula fechando botões e escovando dentes. Triste, ter que partir.
Na porta, reparou na luz acesa. Mentalmente pediu que ele não deixasse de apagá-la. Nem ela soube por que não colocou o pedido em palavras. Mas eram tantas coisas não ditas, sempre.
Três passos até a saída. O portão da casa demorava a abrir, de pesado, de não querer que ela fosse embora. Na calçada ao lado, punhado de folhas caídas na noite anterior. E o clarão de mil nuvens grafitadas no céu, que incomodou seus olhos. Melhor seria não ter olhado para trás.
Depois, a espera e o concreto. O pequeno ônibus, as rodas quatro. Era caminho, passou em frente à casa dele. Já não havia ninguém ali, e ainda a luz continuava acesa.


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