Dropping by
Janela
O sol se levanta
e se abre.
Não quero ir com ele,
porque o abraço
dos lençóis
me chama.
Lá fora os outros
não entendem
a minha língua.
Eu não consigo ler
pensamentos.
Se acordar fosse fácil,
a dor de cabeça
seria apenas
sintoma tardio
da ressaca.
Mas fecho a janela
e a voz do sol
se cala.
Eco
As ruas são pequenas e suspiram
Tantos olhos de crianças sonolentas
Por que este sol escolheu justo a mim?
Paralisia terra de sítio deserto
Serpentes que se enrolam em ossos
Nus. Dois braços mergulhados n'água
Salgada, morna pelos nossos pecados
Na brisa lenta de outra tarde passada
A esmo, em mim a sombra da lembrança
De um afeto que era flor, bem presa
Dentro de um já descolorido diário
E que jamais retornou minhas cartas
Ou telefonemas...
Sim, é frágil e quebra-se pronto
O som da voz nestas paisagens secas.
O sol se levanta
e se abre.
Não quero ir com ele,
porque o abraço
dos lençóis
me chama.
Lá fora os outros
não entendem
a minha língua.
Eu não consigo ler
pensamentos.
Se acordar fosse fácil,
a dor de cabeça
seria apenas
sintoma tardio
da ressaca.
Mas fecho a janela
e a voz do sol
se cala.
Eco
As ruas são pequenas e suspiram
Tantos olhos de crianças sonolentas
Por que este sol escolheu justo a mim?
Paralisia terra de sítio deserto
Serpentes que se enrolam em ossos
Nus. Dois braços mergulhados n'água
Salgada, morna pelos nossos pecados
Na brisa lenta de outra tarde passada
A esmo, em mim a sombra da lembrança
De um afeto que era flor, bem presa
Dentro de um já descolorido diário
E que jamais retornou minhas cartas
Ou telefonemas...
Sim, é frágil e quebra-se pronto
O som da voz nestas paisagens secas.
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