Linhas soltas, asas rasgadas

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quarta-feira, junho 29, 2005

Filosofia

Mais uma, por conta da minha querida leitura dinâmica que me deixou sem nada pra ler nas duas últimas horas da noite. Avaliando os prós e contras de uma prática que (dizem) pode e vai mudar a minha vida. Se eu conseguir dar um jeito nessa dor de cabeça, já está de bom tamanho. Deve fazer bem pra pele, de qualquer maneira. Algo que ocupe as minhas (inexistentes) horas livres, ou que atue como um bálsamo sobre minhas perpétuas complicações (existenciais). Mas chega de lamúrias, que este espaço já está se tornando down demais pro meu gosto. E eu que agora mal consigo dormir em paz, com o pensamento em alguém de quem mal lembro o rosto. Mentira, lembro sim. Quisera esquecer. Quisera dar uma de Gus Van Sant, só pra rimar com "Elephant" e arrebatar Cannes. Então começo a enumerar possíveis idéias brilhantes. Vejamos... Baixo orçamento, meaning poucos atores e menos ainda locações. Possibilidades concretas de execução, duração de não mais do que 15 minutos (estamos falando de curtas aqui!) e consequentemente, tramas não muito complexas. Os primeiros insights geniais esbarram nos muros do viável e provável, realisticamente falando. Dois personagens está bom? Homem e mulher, só pra variar um pouco. Não. Menino e menina (as crianças são em geral mais puras, no sentido humano da palavra... e alguma honestidade já me garante ao menos a simpatia de um ou outro expectador). Mas quantas mil estórias já não foram escritas, a respeito de um menino e uma menina? Anotação essencial: eles não vão ficar juntos no final! Segundo lembrete: é preciso definir o gênero dessa porcaria, não? Ok... drama, que seja. Preciso de um mito pra me inspirar... Na falta de um, preciso de um lugar. Já sei: o mar. Definitivamente, precisa ser na praia. Não há de existir local mais fotogênico. Muito bem... Menina conhece menino em um dia (ou melhor, uma tarde) de chuva, durante as férias de inverno. Ele se faz passar por um suposto amigo invisível. Afff... horrível! He's clearly got issues! Profundidade, alguém? Motivações? É, eu realmente preciso pensar mais antes de me arriscar em uma nova empreitada, especialmente considerando-se as limitações (e na maioria das vezes, a impossibilidade) de qualquer super produção por aqui... O Brasil é o país do futuro. O cinema é a profissão (diversão?) do futuro. Aquário é pra ser o signo do futuro. Agora descobri porque diabos não consigo viver no presente. De fato... umas aulinhas de meditação não me farão nenhum mal. Será possível dominar a furiosa tempestade que é minha mente? Isso veremos.

2 Comments:

Blogger Ferdibrand said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

11:17 PM  
Blogger Ferdibrand said...

Parece ironia, mas em 1979 nada se escutava mais no rádio que Melba Moore cantando “Aquarius”. Naquela época ainda se cantava o "signo do futuro”, apregoado num filme que contava fatos ocorridos dez anos antes. E, passado todo esse tempo, a Era de Aquário, que parecia presente, ainda não chegou.

Da mesma forma, o Brasil continua sendo o país do futuro... cada vez mais empurrado com a barriga dos que o governam. E até quando o cinema neste país vai ser uma profissão apenas do futuro? Aqui, pelo menos, talvez uma boa notícia: aquelle presidente, que “foi pra Brasília e matou o cinema”, parece ser coisa do passado...

12:04 AM  

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