Agosto escondido
Noite longa de pesadelos. Estômago embrulhado, não tenho fome de verdade há mais de dois dias. Fiz um jantar e fez alguma diferença? Para que serve essa necessidade de ser especial? Meu chefe apareceu e disse que sabe de seu trabalho, mas se ele não faz nada a respeito a culpa é minha? Dez telefonemas desagradáveis a serem realizados em meia hora, não importa se a alergia dessa quase primavera ataca meu sistema respiratório. Eu tenho um sangue que pulsa rápido demais dentro de veias tão pequenas. Comecei a estudar história geral e notei que faltavam as cinquenta primeiras páginas. Quer dizer que vou ter que inventar os fatos até o início da era feudal, e confiar no texto dali pra frente. Da história eu lembro bem, de qualquer forma. O que me escapa são os detalhes que antes eram tão vivos, como o vento nos cabelos soltos ou a pele tocando um punhado de sementes de maracujá.
Minha irmã vende flores e agora é feliz. Quando será minha vez?
Minha irmã vende flores e agora é feliz. Quando será minha vez?
2 Comments:
A sua vez chega... Sempre chega...
Esta é minha amiga criadora de histórias! :-) Aposto que os cinqüenta minutos que escrevesses para completar essa história seriam mais vivos, contundentes e verdadeiros que quaisquer outros.
Let the breeze blow and take your time. ;-)
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