Linhas soltas, asas rasgadas

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domingo, agosto 14, 2005

Indo a fundo

Leio e treleio e ainda
Luto pra entender
Debato comigo o que
Acontece com os outros
Se o problema está em mim
Se nada me acrescenta
Pouco me inspira
E mal sabe ele
Que semi-pureza
Não existe
Nem se sustenta
E mente a si mesma
Que estou cansada
De ser criticada
Quando ares superiores
São úmidos, doentios
Idéias pessoais
São sonhos vazios
As coisas que escondo
São desse além
Do que não sou
Mas não interfiro
E respeito, e me omito
Sigo esgueirando-me
Flutuando, falseando
Entre os mundos
Sem pertencer
A mundo algum
Não fico nem vou
Em desequilíbrio
Calculo a linha
De um vago infinito
Que lateja e sangra
De uma cor estranha
Grito por dentro
Do medíocre e frio
Pecado superficial
Tolero tanto absurdo que
Nem esta frase soube ser minha
Antes fosse muda.

3 Comments:

Blogger Ferdibrand said...

Katinha, esta foi de lâmina ainda mais afiada...

Especialmente depois do "Reciclando", passei a observar como o tempo corre devagar no teu texto, indo, voltando, entremeando a si mesmo. A luta, o sonho, o cansaço me parecem tuas preocupações; as minhas? Tempo, tempo, tempo, tempo (sempre ele) :))

10:15 PM  
Blogger Arthur Tuoto said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

12:45 AM  
Blogger Arthur Tuoto said...

Expressivo, bem expressivo, o mais expressivo. Gostei dos gritos e das manchas, pelo menos em você. Uma indignação tímida, mas forte. Estilisticamente falando acho você bem melhor sem as rimas.

12:52 AM  

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