Linhas soltas, asas rasgadas

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quinta-feira, novembro 23, 2006

Next stop: Neverland

O eterno retorno à prosa... Agora sobre um assunto que ninguêm vê, em um blog que ninguém lê (ok, quase ninguém... A exceção é uma pessoa que vale por todas as outras que não se importam e nem me importam).
Pois bem, um certo alguém andou me dizendo que ficou até com medo de se aproximar de mim depois de ler os textos revoltados dos últimos tempos, além do quê é de conhecimento geral que meus relacionamentos não são perfeitos exemplos daquilo que há de mais duradouro no mundo. Será que adianta eu falar que desta vez é diferente? Desta vez, ele é diferente.
Por conta disso, no more desabafos de um coraçãozinho sarcástico. Hoje em dia meu coração vai muito bem, obrigada. E que ele não ouse dar um pio... Afinal de contas, não é todo o dia que se esbarra com um psicanalista de olhos verdes que me vença tão facilmente no xadrez... Well well, a vida é bela e a felicidade até que existe.
Então deixemos o amor e suas implicações de lado, e falemos da tal Neverland. A Terra do Nunca é um lugar mítico que existe para que a gente tenha um consolo neste mundo de adultos insanos no qual fomos atirados depois de um período tortuoso (que um dia lembraremos nostalgicamente como o melhor) de nossas vidas, chamado adolescência. Adultos insanos, eu disse? Estressados, maquiavélicos e tiranos. Enfim, c'est la vie.
E era uma vez a vida imaginada de um menino que não queria crescer. É ainda o maior dilema (bem longe da imaginação, bem perto da realidade minha e sua) de todo ser humano. A humanidade não quer crescer. Ou talvez a frase deva ser reformulada para um melhor entendimento da questão... A humanidade simplesmente não quer envelhecer.
Antigamente era permitido ficar velho. Hoje não é mais. Hoje não é permitido mais nada, a bem da verdade. Morrer, nunca ninguém quis. Mas ganhar umas rugas ou um par de fios brancos aqui e ali costumava ser natural, e muitas vezes até acrescentava uma certa distinção ao ar do sujeito. Ou uma sutil respeitabilidade à aparência da dama. Hoje foi tudo ladeira abaixo, sem retorno nem sinto muito, até logo.
Passa uma senhora com um autêntico ar de quem já viveu o que tinha que viver e depois disso é só ruína, melhor desistir antes que se torne embaraçoso para todos... Mas não, lá foi ela e fez dez plásticas, pensando que com essa grandiosa maravilha da medicina moderna faria voltar o ponteiro do relógio. Ok, vamos encarar a realidade: só se tem dezoito anos uma vez na vida, e convenhamos que isso não dura muito tempo (sendo mais exata, a bênção dura menos de 365 dias).
Pois é, pois é... Tantas divagações e até agora não cheguei a lugar algum. Nem sei por que comecei o assunto, só quis escrever alguma coisa diferente hoje porque não aguentava mais um certo rapaz que faz serenatas ao telefone lendo pra mim (em voz alta!!!) meus textos antigos que eu sei de cor e dos quais já enjoei assim que os postei neste meu blog. Mas aí fiquei observando as coisas e o tempo aqui... E me olhei no espelho, e me vi. Pensei mais um pouco e concluí que o jeito é aceitar o fato: o tempo passa e a gente se desfaz.
Já que não há como evitar essa passagem nem sempre muito suave, minha saída ainda é a coisa mais simples que existe pra quem sonha... fechar os olhos e voar. Próxima parada: Dreamland.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oioioioioioioi.... pra vc ver q eu sempre posto comments!!! Love ya, no matter what you write about (though it's actually always great) Kisses kisses kom karinho da nuvem Karen

5:53 PM  
Blogger Yan Pinheiro said...

Não preciso aqui relembrar o seu inestimável talento como escritora. A lieratura está te perdendo! Gostei de ver um texto mais otimista, isso significa que a criação não está condicionada as má fazes da vida!!! Seu Fã número 1

Yan

6:59 PM  
Blogger Ferdibrand said...

Eu quase estava me incluindo no grupo dos que não lêem este blog, mas modestamente me considero também uma exceção... :-)

Fato é que também estou eternamente retornando, e um comentário que fizeste dias atrás deu uma sacolejada neste pretenso escritor que, de tão inquieto, andou bom tempo calado.

Folguei em saber de teu coração, mas, paradoxalmente, quando dele não se queria mais um pio, eis que a borboleta nos fala mais uma vez - e faz pensar.

Paradoxos como Neverland - Never land, always dreamed; como o amor, sempre igual, sempre diferente; como o tempo, que nos faz e nos desfaz de tantas maneiras que eu só poderia dizer postando, não comentando. Quer dizer, prometo voltar ao assunto.

But, for now, estimada amiga, have a nice flight!

12:42 PM  

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