Guia prático de sobrevivência - Vol. 2

Segue depoimento verídico do senhor Aroldo Antunes Efigênio Euclides da Costa e Silva, nosso assíduo leitor, referente ao segundo best-seller da série, sob o título "Por que os homens nunca nos entendem?"

Este livro mudou a minha vida. Confesso a vocês que nunca consegui entender muito bem minha mulher... Pra mim ela era um ser de outro planeta, simplesmente incompreensível e digna de uma ponta em qualquer flick do Spielberg. Mas isso foi apenas até que eu tivesse em minhas mãos esta preciosidade de obra literária. Acreditem, o livro foi uma verdadeira revelação para mim. Como eu poderia algum dia ter imaginado que as crises nervosas da patroa eram meros apelos por carinho? Ou então adivinhar que bastava falar duas ou três palavras depois do sexo que ela iria se considerar satisfeita e me deixar dormir sossegado? Jamais de la vie, não senhor. Não sem a ajuda deste meu novíssimo companheiro de jornada ("Por que os homens nunca nos entendem?" - edição limitada, ligue já!) Mas agora tudo mudou... Fiz um esforcinho e parei de submetê-la aos meus caprichos. Confesso que já não sou mais o mesmo, eu me tornei um novo homem! Adeus, cervejinha com os amigos toda noite, olá paz de espírito... O segredo? Caros colegas, tudo começa pela boca: estou falando de aprender a cozinhar, é claro. Isso sempre rende vários pontinhos, garantido. Lavar ou secar a louça também ajudam a levantar sua moral em casa. Mas é lógico que a trajetória do sucesso no lar requer sacrifícios mais grandiosos do que singelas prendas domésticas. Por exemplo, ao longo de meses de prática tortuosa eu finalmente aprendi a conter minha ira e nunca mais falei uma só palavra contra as insuportáveis amigas histéricas da minha mulher. Também aprendi a levantar a tampa do vaso e até adquiri o hábido de dar descarga, o que claramente é um tremendo progresso de minha parte, convenhamos. Outra técnica eficaz para satisfazer minha mulher foi o desenvolvimento da chamada "visão periférica". Só assim me tornei capaz de olhar para outras mulheres gostosas de forma disfarçada, e deste modo jamais incomodar minha esposa ciumenta novamente. Não digo que estou mais feliz, afinal de contas fui obrigado a mudar boa parte dos meus hábitos e ainda não me recuperei do imenso baque que a adaptação a este novo estilo de vida me causou. Mas de uma coisa tenho certeza, e que comprova a qualidade do produto em questão: pelo menos um de nós finalmente encontrou a felicidade!

O senhor Aroldo, nosso ilustre colaborador desta resenha, agora trabalha na edição de seu próprio livro de auto-ajuda, convenientemente intitulado "Por que as mulheres nunca nos entendem?"
Já à venda nas melhores livrarias.