Reflexões urbanas

Um calor intenso, respiro
Você sabe que me sorriem
São cafés que me convidam
E ele, que aqui me inventa
Vários eles me confundem
Os ontens viraram hojes
E apunhalam a menina
Pelas costas arqueadas
Tanta coisa, tanto cimento
Ruas e carros indiferentes
Aparelhos e escadas e eu
Tão cansada de dias cinzentos
Das tristezas transitórias
Felicidades descartáveis
Más notícias e o entretanto
Da esperança que não seca
Mas o tempo destrói tudo
E o sol continua brilhando
Sempre alheio ao som do vento