Balanço do ano

Espera aí, o ano não está nem perto de acabar e eu já estou fechada para balanço? Pois é. Quando não tenho ânimo nem pra atualizar este pobre blog, é porque a coisa está realmente feia.
Eleições 2008. Vou pra Palotina cumprir o nobre dever cívico de votar. Mentira, mas enfim. Como cidadã politizada, tenho sido uma vergonha: perdi a conta de quantos anos não votei ou sequer justifiquei. Shame on me. Não transferi meu título pra SP e não faço idéia de quem são os ilustres candidatos palotinenses, mas vamos lá.
Decepções 2008. O ano não me decepcionou neste aspecto, com diversas categorias de mágoas (raivas? tristezas? frustrações? you name it) acumuladas. Aqui um filme que não ficou tão perfeito quanto eu imaginava, ali a impossibilidade de manter práticas regulares de yoga, mais além a batalha injusta contra o tempo. Mas a maior delas foi ser enganada por meu próprio ego, acreditando que comigo haveria conto de fadas e que tudo seria para sempre. Caí das nuvens e voilà... não foi nada suave. A realidade venceu o sonho por nocaute.
Planos 2008. Já nem sei. O resultado do edital de roteiro que nunca sai (sou brasileira e não desisto nunca, certo?) Talvez o tópico deva ser alterado para Planos 2009 - Jornalismo na USP, um ou dois novos amigos, promissoras perspectivas de trabalho. Sim? Não estou reclamando da Companhia de Restauro, mas entendam que desse jeito está difícil chegar ao meu primeiro Oscar. E terminar de escrever os livros iniciados (pelo menos três deles). Muito?
Aprendizados de 2008. Estudar cansa. Eu odeio cadeias de carbono. Estou com saudades do interior. Preciso cuidar da minha pele. Devo retomar as aulas de francês. Quero viajar mais. Ir ao cinema, mesmo sozinha. Não gosto de cozinhar para menos de duas pessoas. O trabalho pode ser uma ótima forma de não enlouquecer. O mesmo deve ser dito dos amigos. Talvez eu prefira a literatura do que o cinema. Talvez eu pense demais e faça de menos.